domingo, 1 de fevereiro de 2009

Força Policial.

Força Policial (Pride and Glory, de Gavin O'Connor). É difícil dizer como a uma altura destas, uma produção consegue reunir um elenco tão bom e caro, recursos a vontade como só Holyood sabe juntar, para fazer um filme que além de não ter absolutamente nada de novo a dizer, ainda tem uma argumento recheado de clichês e uma condução esquemática e óbvia.

Força Policial tem a pretensão de contar uma saga familiar onde o patriarca Francis Tirney (John Voight) seus dois filhos, Tirney Jr. (Noah Emmerich) e Ray (Edward Norton) e o cunhado destes Jimmy (Colli Farrell) são da NYPD (New York Police Department) uma das forças policiais mais famosas e bem vistas dos EUA , devido a pacificação imposta na cidade nos anos 80 e o sacrifício de vários de seus membros no atentado terrorista de 11/09/2001.

Tirney Jr. é honesto e comanda a delegacia 31, que está contaminada por um esquema sujo de corrupção que vem a tona quando quatros de seus membros são mortos em uma emboscada. A partir daí Ray é desnignado para investigar as mortes e caçar o culpado, e o esquema podre aos poucos vem a tona e aí vem o conflito de revelar tudo e expor a família e a instituição ou simplesmente acobertar o esquema e levar a família a corromper-se junto com os demais. Tudo é muito previsível, o roteiro se rende ao melodrama manjado; um dos irmãos além de ser separado e querer o retorno da esposa, tem um passado profissional comprometido devido à morte de um parceiro, o outro tem uma mulher com câncer, o patriarca da família é alcoolátra, etc. Tudo é conduzido sem sutileza pelo diretor Gavin O"Connor , e sempre forçando a barra.

O filme acaba caminhando para um final muito ruim, um conjunto de situações sem veracidade e que torna explícito o quão fraco e pouco criativo foi o roteiro escrito tamaém por O'Connor. Força Policial ainda fica mais fraco quando o comparamos com outros filmes que falam especificamente do NYPD como Cop Land, O Gangster e Os Donos da Noite (que fala justamente da época da pacificação), todos estes muito superiores e olhem que deve ter mais porque lembrei destes de impulso...

Em meio há tantas falhas somente temos um ponto positivo na escolha do elenco que tenta de forma heróica dar vida ao roteiro, em especial Collin Farrel que tem o melhor personagem do filme, instável e explosivo, mas ainda mesmo assim a turma por detrás das câmeras dava um jeito de atrapalhar, ao colocar uma cicatriz ridícula e sem propósito no rosto de Edward Norton . De resto a direção resolveu dar uma carga de violência explícita em alguns momentos da obra e só. Não recomendo nem aos amantes dos filmes policiais.

2 comentários:

herax disse...

putz, e eu ainda baixei esse filme...

Jau disse...

É muito fraquinho mesmo, e olhe que o diretor quis homenagear o pai dele que era da NYPD.