quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Rapidinhas: Van Damme e Steven Seagal

Comentários rápidos sobre estes dois filmes recentes (não os últimos) de dois ícones do cinema de ação norte-americano.



Até a Morte (Until Death, 2007) veio com uma proposta nova na então combalida carreira de Van Damme. Mais calcado no drama e com uma certa pretensão noir, o diretor Simon Fellows, que volta a trabalhar com o belga (desta vez a parceria rendendo algo mais do que o fraco Segundo em Comando), mostra o ex-bailarino no papel de um policial viciado em drogas que caiu em desgraça após uma operação mal-sucedida em que acabam morrendo dois policiais de sua equipe. A primeira metade do filme de fato é muito boa, bastante movimentada, e mostra a gradual descida do personagem Anthony Stowe ao inferno pessoal e profissional de forma bem convicente e auto-destrutiva, muito graças a supreendetemente boa atuação de Van Damme (a cena do restaurante com a esposa do seu personagem mostra isto), no entanto o roteiro logo evidencia os seus buracos na segunda metade, quando o filme fica enfadonho e com reviravoltas forçadas. Prejudica muito também um fraco vilão que nunca fica explicado qual foi mesmo a relação que possuía com o protagonista no passado. Com poucas cenas de combate físico, mas com generosas cenas de tiroteio (a da lanchonete é a melhor), Até a Morte vale a conferida por trazer um Van Damme vigoroso e convicente e aparentemente feliz por estar envolvido no projeto.



O que Van damme mostra de entusiamo em seus últimos filmes, apesar de serem um tanto capengas, Steven Seagal mostra de desânimo, tristeza e falta de carisma em suas últimas fitas. O Voo da Fúria (Flight of Fury, 2007) é prova disto. Notadamente em fora de forma, com dublês em praticamente todas (bem fracas por sinal) cenas de ação e inclusive sendo dublado em alguns diálogos enxertados para colar o roteiro, o outrora astro dos fenomenais Nico, Acima da Lei e Marcado Para a Morte se mostra aqui apático e "atuando" notadamente para cumprir a obrigação de sempre lançar dois ou três filmes por ano no mercado de vídeo mundial. Se obras recentes que o mestre de Aikido participou como Operação Sol Nascente e Lado a Lado Com o Inimigo se mostram interessantes em alguns pontos devido a competencia do trabalho de direção (Mink e Anthony Hickox respctivamente), O voo da Fúria ainda tem a infelicidade de trazer um diretor de nome Michael Keusch que falha miseravelmente em todas as partes de movimento e não consegue empolgar em absolutamente nenhum momento que pretensamente era para ser emocionante. Em certo momento da obra temos até uma cena lésbica mais ousada entre duas atrizes que é disparada a melhorcoisa do filme, sinal que algo saiu muito errado em tudo aqui. O roteiro que trás uma trama militarista inverossímel no Afeganistão até daria desculpas para bons momentos, mas nada foi bem aproveitado. Fiquem longe disto aqui.

3 comentários:

herax disse...

Cara, esse filme com o Van Damme eu tenho uma opinião igual a sua. Começa bem pra caramba mas no final caga tudo. Mesmo assim achei um filme bem interessante dentro da carreira direct-to-video do nanico belga. Agora bom mesmo é o J.C.V.D., voce ja viu?? Quanto ao Steven Seagal, esse cara é uma decepção. Começou fazendo filmes que eram pura destruição e violência, e hoje fica fazendo essas merdas aí. Uma lástima.

Jau disse...

Heraclito ainda não vi o J.C.V.D já estou com uma cópia dele aqui mas ainda não tive tempo, acho que vou gostar pelos comentários gerais. Ouvi dizer que o próximo projeto do bailarino vai ser um filme romântico, um tal de "Full Love".

herax disse...

Com certeza eu vou querer ver o FULL LOVE. Depois do J.C.V.D. não ficarei surpreso se o Van Damme surpreender novamente com outro bom filme!