terça-feira, 29 de maio de 2007

Filmes - Duro de Matar

DURO DE MATAR (DIE HARD); EUA 1988. Dirigido por Jonh MacTiernan, com Bruce Willis, Alan Rickman, Bonnie Bedelia, Reginald VelJohnson, Alexander Godunov e Paul Gleason.

Grande sucesso de público e crítica na época de seu lançamento, fenômeno das locadoras e de reprises na tv, Duro de Matar foi responsável por transformar o antes ator televisivo Bruce Willis em um superastro com cachê astronômico, e também o culpado pelo surgimento de infinitos filmes de ação de gosto duvidoso que tiveram a mesma premissa de herói-vilões-reféns confinados em um ambiente restrito seja avião, navio, aeroporto, ônibus e no caso deste aqui um edifício. A coisa importante nisto tudo para quem curte um bom cinema de ação, é que por baixo de tanto incenso Duro de Matar é realmente um excelente filme, muito bem estruturado com um enganoso começo vagaroso, personagens bem trabalhados – vilões perversos (alemães orientais comunistas, bem ao gosto da guerra fria) e um herói carismático bem encarnado por Bruce Willis, que demonstra tanto bravura como vulnerabilidade (boa sacada dele se manter-se com pés descalços e feridos por boa parte do filme). Vulnerabilidade esta que ia contra a tendência do cinema da época onde os heróis tinham que ter o aspecto anabolizado e indestrutível de super-homem, John McClane de fato se parecia muito com um policial normal, como qualquer outro e sua dificuldade e superação em enfretar os inimigos deram a força e longevidade necessária ao filme. As cenas de ação, acompanhadas de uma inspirada trilha sonora são muito bem bem orquestradas e grandiosas, coisa fina que hoje em dia para ser feita teriam que inventar de gastar uns 200 milhões de dólares e atolar o filme de efeitos CGI, onde basta ter um pouco de trabalho braçal e criatividade para conseguir o mesmo efeito na tela. John MacTiernan, caprichou nas tomadas, buscando sempre explorar com sucesso as possibilidades do cenário, com ângulos vertiginosos através de vidraças, espelhos trincados túneis apertados e outras bossas. Destaque total também para o ator inglês Alan Rickman (no filme o vilão Hans Gruber) cuja interpretação fortíssima confirma o dito de que um herói para ser forte precisa ter um antagonista de intensidade. Teve duas continuações bem barulhentas, que se firmaram mais no carisma do personagem do que no filme em si, o que somente esta primeira parte, soube conciliar com louvor.

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