terça-feira, 15 de maio de 2007

Filmes - Robocop

ROBOCOP (Idem) EUA 1987; Dirigido por Paul Verhoeven, com Peter Weller, Nancy Allen, Kurtwood Smith, Ronny Cox, Miguel Ferrer, Dan O'Herlihy e Paul McCrane.

Robocop sem dúvida um filmes-marcos da cultura pop dos anos 80, e um dos melhores exemplares do cinema ação/Sci-fi já feito. Até hoje me impressiona a força desse filme e como o crivo dos estúdios de Holyood permitiram que o polêmico cineastra holandês Paul Verhoeven realizasse um filme tão ágil, violento e genial como esse (apesar do elenco fornecido ser do chamado segundo escalão). A trama é clássica e ao mesmo tempo criativa. Em um futuro próximo a cidade de Detroit no EUA se afunda em uma violência urbana sem precedentes, ao passo que a polícia e organismos de segurança controlados por uma mega corporação de consumo estão prestes a entrar em greve. Neste cenário o policial Alex Murphy acaba de entrar na polícia e começa o seu treinamento de rua com uma parceira. Após perseguirem um grupo de assaltantes de banco Alex Murphy é destroçado por balas, quem viu essa cena original sem os cortes da censura das infinitas reprises da TV sabe: é de cair o queixo. Dado como morto pela família, amigos e colegas Alex é induzido a beira da morte em um programa de criação de um superpolicial meio homem meio máquina e se torna Robocop, um andróide que tem que enfrentar a criminalidade da cidade, e ao mesmo tempo a intriga da própria corporação que o criou, que se mostra silenciosamente conivente com a greve policial, com a intenção da cidade degenarar-se e se auto-destruir para comandar financeiramente a reconstrução da mesma. É impressionante a agilidade narrativa que Verhoeven imprime ao filme, tudo ocorre de maneira fluida, convincente e com uma surpresa a cada cena. O roteiro brilhante agrega influência direta das Hq`s e animes japoneses. Apesar da extrema violência do filme (superdimensionada em todos os pontos, marca do diretor) a história evidencia um humor negro constante e um sarcasmo muito ágil, isso fica bem evidente nas transmissões televisivas, que pontuam os momentos chaves do filme, uma sacada genial, claramente retirada da Graphic Novel O Cavaleiro das Trevas de Frank Miller, que por sinal escreveria o roteiro das duas continuações. Também é muito interessante os recursos de tela que mostram o ponto de visão do protagonista. E não é só no quesito ação e agilidade que o filme se sai bem, ao retratar a personalidade dúbia do protagonista: ao mesmo tempo que imprime certa moral não hesita em ser cruel. E principalmente ao explorar o drama de Alex, (Peter Weller, com uma fisionomia fria muito boa para o papel) que descobre aos poucos que é uma aberração cuja a vida inteira foi apagada e passa a agir ao lado de sua parceira em conta própria, contra uma galeria de vilões incrivelmente perversos principalmente o famigerado
Clarence Boddicker (Kurtwood Smith, excelente). Por fim se destaca, a trilha sonora perfeita do grande Basil Poledouris, principalmente o tema central, que fica logo na memória. Um filme único, que se torna inesquecível, principalmente quem assistiu ele na época certa.

3 comentários:

herax disse...

Filmaço!!! Adoro aquela cena em que o outro robo perde o controle e sai atirando naqueles engravatados! O panico eh total!!!

Jau disse...

Pois é e a partir daquela cena que o espectador tem a sensação de que o filme não está para brincadeira.

herax disse...

Exato!!!