quarta-feira, 30 de maio de 2007

Eva Shine! Parte 1




Agora um pouco da per-fei-ta modelo e atriz erótica húngara Eva Sine...

Eva Shine! Parte 2




Eva Shine! - Parte 3




terça-feira, 29 de maio de 2007

Filmes - Duro de Matar

DURO DE MATAR (DIE HARD); EUA 1988. Dirigido por Jonh MacTiernan, com Bruce Willis, Alan Rickman, Bonnie Bedelia, Reginald VelJohnson, Alexander Godunov e Paul Gleason.

Grande sucesso de público e crítica na época de seu lançamento, fenômeno das locadoras e de reprises na tv, Duro de Matar foi responsável por transformar o antes ator televisivo Bruce Willis em um superastro com cachê astronômico, e também o culpado pelo surgimento de infinitos filmes de ação de gosto duvidoso que tiveram a mesma premissa de herói-vilões-reféns confinados em um ambiente restrito seja avião, navio, aeroporto, ônibus e no caso deste aqui um edifício. A coisa importante nisto tudo para quem curte um bom cinema de ação, é que por baixo de tanto incenso Duro de Matar é realmente um excelente filme, muito bem estruturado com um enganoso começo vagaroso, personagens bem trabalhados – vilões perversos (alemães orientais comunistas, bem ao gosto da guerra fria) e um herói carismático bem encarnado por Bruce Willis, que demonstra tanto bravura como vulnerabilidade (boa sacada dele se manter-se com pés descalços e feridos por boa parte do filme). Vulnerabilidade esta que ia contra a tendência do cinema da época onde os heróis tinham que ter o aspecto anabolizado e indestrutível de super-homem, John McClane de fato se parecia muito com um policial normal, como qualquer outro e sua dificuldade e superação em enfretar os inimigos deram a força e longevidade necessária ao filme. As cenas de ação, acompanhadas de uma inspirada trilha sonora são muito bem bem orquestradas e grandiosas, coisa fina que hoje em dia para ser feita teriam que inventar de gastar uns 200 milhões de dólares e atolar o filme de efeitos CGI, onde basta ter um pouco de trabalho braçal e criatividade para conseguir o mesmo efeito na tela. John MacTiernan, caprichou nas tomadas, buscando sempre explorar com sucesso as possibilidades do cenário, com ângulos vertiginosos através de vidraças, espelhos trincados túneis apertados e outras bossas. Destaque total também para o ator inglês Alan Rickman (no filme o vilão Hans Gruber) cuja interpretação fortíssima confirma o dito de que um herói para ser forte precisa ter um antagonista de intensidade. Teve duas continuações bem barulhentas, que se firmaram mais no carisma do personagem do que no filme em si, o que somente esta primeira parte, soube conciliar com louvor.

Perfil Cinema - John McTiernan

Nascido em 1951 na cidade de Nova Iorque, McTiernan desde criança esteve ligado as artes já que o pai era ator e cantor de ópera. Formou-se na conceituadíssima escola de cinema de Nova Iorque (que tem entre os seus professores Martin Scorcese), e partiu para trabalhar em peças publicitárias, onde adquiriu experiência em filmagem comercial. Sua estréia no cinema foi em 1986 com o pouco visto terror Nomads, com Pierce Brosnan. A extrema bem-feitura do filme o credenciou para filmar com a super estrela da época Arnold Schwarzenegger no gênero que o consagraria: o de ação , O Predador, que na época foi criticado se tornaria depois quase um cult, devido ao seu perfeito clima e ritmo de mistério mesclado com a mais puras sequências de ação e aventura com ainda de quebra um pano de fundo de sci-fi. Seu filme seguinte seria considerado pelo público em geral como o seu melhor trabalho: Duro de Matar afirmaria-se como a sua obra mais típica e o destacou como o "diretor de ação"por excelência. Veio em seguida Caçada ao Outubro Vermelho, um triller político-ação da guerra fria com um elenco estelar. Mudou de gênero em 1992 com Os Últimos Dias do Paraíso, uma aventura romântica e faria em seguida aquele que outros tantos consideram a sua melhor obra, a homenagem ao cinema O Último Grande Herói, uma mistura de filme de ação com comédia auto-paródia que na época do seu lançamento foi mal recebido. Faria a terceira e movimentada parte de Duro de Matar e em seguida a aventura histórica O Décimo Terceiro Guerreiro. Seguiu-se pelos anos noventa como realizador do primeiro time de Holyood, mas sem o brilho dos seus filmes dos anos 80 e começo dos noventa, principalmente após se envolver com sérios problemas com a justiça americana em um caso confuso de espionagem cinematográfica. Seus trabalhos do chamado cinema do movimento se distiguem pela dose elevada do elemento clima, principalmente com uso trepidante de trilha sonora e heróis protagonistas e vilões antagonistas fortes, os filmes se destacam também pelo trabalho cuidadoso de produção, fazendo-se ver na tela cada milhão de dólares gasto. McTierman deve ter uma nova chance no gênero este ano com o filme Deadly Exchange, uma estória de espionagem com Karl Urban.

Filmografia:

Basic (2003), Rollerball (2002), The Thomas Crown Affair (1999), The 13th Warrior (1999), Die Hard: With a Vengeance (1995), Last Action Hero (1993), Medicine Man (1992), The Hunt for Red October (1990), Die Hard (1988), Predator (1987), Nomads (1986).

domingo, 27 de maio de 2007

Go Jackson!!!

E este ano está totalmente contra as previsões. Sem sombra de dúvidas Liddell era o favorito, mas Rampage não tomou conhecimento. Longe da minha expectativa foi uma luta rápida, se Jakson tinha uma estratégia traçada não precisou utiliza-la. O vencedor simplesmente não tomou conhecimento, foi lá provocou, não foi precipitado, acertou um cruzado perfeito e correu pro abraço. Como na inscrição em seu calção (resurrect) Jackson conquistou o cinturão em grande estilo. Bem vindo de volta aos tops campeão.

sábado, 26 de maio de 2007

Hoje a Noite...UFC 71

UM BELO DUELO CAMARADAS, SEM DÚVIDA

Sim, Liddell (esquerda) é favorito, está em uma fase estupenda e simplesmente nocauteou os seus últimos sete adversários. Mas algo me diz que Jackson vai entrar no octogono para fazer a luta de sua vida, o seu jogo de westler é fenomenal e simplesmente é o lutador que junta as características perfeitas que são o ponto fraco de Liddell. Se o desafiante tiver calma, não for afobado e saber tomar a iniciativa no momento certo leva esta luta. Eu simplesmente torço para que seja um grande combate, daqueles que ficam na memória e dão gosto de assistir. Comentário sobre o resultado em breve.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Cretino...

Alguns dos melhores diálogos dos anos 80... com dublagem classica.



Stallone, continue seguindo o caminho das pedras e faça logo um "Cobra 2". Mas tem que ter o mesmo carro irado, porque senão perde a graça.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

K1 Heros Dynamite USA Fechado!

Está fechado o card do Dynamite USA (2 de junho) e nem preciso dizer que está fodástico a expectativa é muito grande, confirmaram-se a participação de três brasileiros (Royce, Gesias e Pezão):

Brock Lesnar x Choi Hong-Man
Kazushi Sakuraba x Royce Gracie
Mighty Mo x Choi Mu Bae
Melvin Manhoef x Yoon Dong-Sik
Javier Vazques x Katsuhiko Nagata
Brad Pickett x Hideo Tokoro
Johnnie Morton x Bernard Ackah
Gesias Cavalcante x Nam Phan
Antonio Pezão Silva x Jonathan Wiezorek
Jake Shields x Ido Pariente

A luta principal como não poderia deixar de ser em eventos em solos americanos tem que ter um lutador da casa, no caso ficou o gigante Brock Lesnar contra o (não menos gigante) coreano Hong-Man. São praticamente dois estreantes (o Choi tem apenas uma luta profissional nestas regras, o Lesnar nenhuma) em MMA mas são nomes muito conhecidos no mundo do combate.

Outra coisa que chama a atenção é a vontade que os japoneses tem de o evento dar certo, para encher o coliseum de L.A. uma parte considerável dos ingressos está sendo vendida somente a dez dólares!

terça-feira, 22 de maio de 2007

Maria Ozawa! Parte 1





Um pouco da lindíssima niponica-canadense Maria Ozawa, uma das atrizes eróticas mais famosas do momento lá na terra do sol nascente.

Maria Ozawa! Parte2




Maria Ozawa! Parte 3




segunda-feira, 21 de maio de 2007

Filmes - Caçado

CAÇADO (THE HUNTED) EUA 2003; Dirigido por William Friedkin, com Tommy Lee Jones, Benicio Del Toro, Connie Nielsen, Leslie Stefanson, John Finn e José Zúñiga.

Injustamente, Friedkin foi relegado quase que a um segundo plano no mainstream do cinema americano devido a diversos fracassos comerciais sucessivos, felizmente devido ao seu trabalho de alto nível, sempre foi admirado por produtores e atores reconhecedores da qualidade de seu trabalho. Foi mais ou menos por estes caminhos que Caçado foi produzido, contando com um elenco de ponta Holyoodiano e todo o rico aparato que uma produção milhionária proporciona. O resultado como quase sempre no caso de Friedkin é muito satisfatório. O filme conta a história de um supermilitar americano chamado Aaron (Benicio Del Toro), que aparentemente entrou em surto psicótico e passa a matar indiscriminadamente caçadores em florestas reservadas norte-americanas. Como ele é supertreinado, as autoridades escaladas logo reconhecem sua incompetência para captura-lo, e recorrem ao homem que o treinou nas mais cruéis artes de rastreamento, captura e assassinato, o recluso Bonham (Tomy Lee Jones muito bom). A partir daí Friedkin confere um timing perfeito ao filme, mantendo de forma impressionante a adrenalina sempre alta, mostrando uma caçada de homem pelo homem, fazendo a todo momento paralelos perfeitos entre civilidade e selvageria (as tomadas aéreas que mostram a floresta selvagem se fundindo com a cidade de Portland são muito boas) racionalidade e instinto (Bonham vestido com roupas sociais rasteja farejando o chão como um animal para pegar seu alvo). Tudo acontece em uma narrativa que cresce em gravidade com o decorrer do filme e culmina em um duelo fantástico entre os protagonistas (uma briga selvagem de facas muito bem coreografada), duelo este que tem seu efeito potencializado pela multidimensionalidade de Aaron e Bonham, o primeiro um bom homem que foi sistematicamente destruído pelo estado militarista americano e o segundo também um homem de princípios mas que é responsável direto por esse processo. Os mais atentos poderão perceber ecos fortes de Progamado para Matar (Frist Blood), mas esta obra na minha opinião possui seu brilho próprio. O clima de realismo-documentalidade, marca resgistrada de Friedkin está presente em todo filme como sempre de forma enxuta, seca e direta. É muito bom perceber que o diretor mantem uma forte pegada após tantos filmes excelentes do gênero, e este aqui na minha opinião está entre os seus melhores.

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Grandes Combates da História do Vale-Tudo - Don Frye Vs. Yoshiriro Takayama

A Data: 23 de junho de 2002
O local: Saitama Super Arena, Japão
O evento: Pride 21 - Demolition

O que acontece quando se colocam dois malucos como Don Frye (oriundo dos antigos torneios do UFC) e Takayama (da luta-livre japonesa) para se confrontarem em cima do ringue? Só poderia dar em uma autêntica briga de rua, mas eu creio que mesmo com o espírito preparado ningúem esperava que assistiria a uma das demonstrações mais insanas de combate já vistas em um ringue. O gongo soa para o primeiro round e imediamente ambos iniciam uma torocação de socos absolutamente fora do normal próximo a um dos cantos, é um proporção idêntica de golpes de lado a lado, e quando ela enfraquece e finalmente cessa, vemos que o americano tem a mão muito mais pesada, visto ao já péssimo estado do rosto do japonês. Rapidamente Takayama agarra Frye e o arremessa para trás em um lance plástico impressionante, o americano levanta de pronto, mas o adversário já encosta com socos e joelhadas de uma fúria incrível que faz com que Frye fique bambo e veja seu protetor bucal voar pelos ares, a troca de socos prossegue sem trégua. Novamente takayama tenta mostrar seu westler, mas desta vez é mal sucedido e Frye acaba caindo sobre ele na montada. A partir daí vira uma luta de homem só, Frye passa a massacrar seu oponente com socos e Takayama pouco reage devido ao cansaço, logo o rosto do japonês, fica muito, mas muito castigado e o juiz encerra a luta. Seis minutos e dez segundos de uma energia incrível, de cair o queixo, a câmera focaliza o rosto do japonês em um estado lastimável, principalmente o seu olho esquerdo, nas cadeiras o público japonês vibra incessantemente, sabem que combates como esses são difíceis de se ver todo dia.

Melhores momentos da luta tirados do especial televisivo Pride Decade:



terça-feira, 15 de maio de 2007

Filmes - Robocop

ROBOCOP (Idem) EUA 1987; Dirigido por Paul Verhoeven, com Peter Weller, Nancy Allen, Kurtwood Smith, Ronny Cox, Miguel Ferrer, Dan O'Herlihy e Paul McCrane.

Robocop sem dúvida um filmes-marcos da cultura pop dos anos 80, e um dos melhores exemplares do cinema ação/Sci-fi já feito. Até hoje me impressiona a força desse filme e como o crivo dos estúdios de Holyood permitiram que o polêmico cineastra holandês Paul Verhoeven realizasse um filme tão ágil, violento e genial como esse (apesar do elenco fornecido ser do chamado segundo escalão). A trama é clássica e ao mesmo tempo criativa. Em um futuro próximo a cidade de Detroit no EUA se afunda em uma violência urbana sem precedentes, ao passo que a polícia e organismos de segurança controlados por uma mega corporação de consumo estão prestes a entrar em greve. Neste cenário o policial Alex Murphy acaba de entrar na polícia e começa o seu treinamento de rua com uma parceira. Após perseguirem um grupo de assaltantes de banco Alex Murphy é destroçado por balas, quem viu essa cena original sem os cortes da censura das infinitas reprises da TV sabe: é de cair o queixo. Dado como morto pela família, amigos e colegas Alex é induzido a beira da morte em um programa de criação de um superpolicial meio homem meio máquina e se torna Robocop, um andróide que tem que enfrentar a criminalidade da cidade, e ao mesmo tempo a intriga da própria corporação que o criou, que se mostra silenciosamente conivente com a greve policial, com a intenção da cidade degenarar-se e se auto-destruir para comandar financeiramente a reconstrução da mesma. É impressionante a agilidade narrativa que Verhoeven imprime ao filme, tudo ocorre de maneira fluida, convincente e com uma surpresa a cada cena. O roteiro brilhante agrega influência direta das Hq`s e animes japoneses. Apesar da extrema violência do filme (superdimensionada em todos os pontos, marca do diretor) a história evidencia um humor negro constante e um sarcasmo muito ágil, isso fica bem evidente nas transmissões televisivas, que pontuam os momentos chaves do filme, uma sacada genial, claramente retirada da Graphic Novel O Cavaleiro das Trevas de Frank Miller, que por sinal escreveria o roteiro das duas continuações. Também é muito interessante os recursos de tela que mostram o ponto de visão do protagonista. E não é só no quesito ação e agilidade que o filme se sai bem, ao retratar a personalidade dúbia do protagonista: ao mesmo tempo que imprime certa moral não hesita em ser cruel. E principalmente ao explorar o drama de Alex, (Peter Weller, com uma fisionomia fria muito boa para o papel) que descobre aos poucos que é uma aberração cuja a vida inteira foi apagada e passa a agir ao lado de sua parceira em conta própria, contra uma galeria de vilões incrivelmente perversos principalmente o famigerado
Clarence Boddicker (Kurtwood Smith, excelente). Por fim se destaca, a trilha sonora perfeita do grande Basil Poledouris, principalmente o tema central, que fica logo na memória. Um filme único, que se torna inesquecível, principalmente quem assistiu ele na época certa.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Marketa Brymova! Parte 1




Ai vai a supermodelo Marketa Brymova, ela vem lá do inesgotável reduto europeu de mulheres lindas, a República Tcheca.

Marketa Brymova! parte 2




Marketa Brymova! Parte 3




domingo, 13 de maio de 2007

Gracie Fighting fechado, e o Jeff Monson...


O próximo Gracie Fighting Championships vai rolar no dia 19/05 na cidade de Columbus EUA com muitos brasileiros. Conseguiram montar um bom card na minha opinião levando em conta que o UFC está dominando total por lá:

Leopoldo Serão x Rob Wince
Nissen Osterneck x Chris Meyers
Matt Brown x
Daniel Moraes
George Bush x
Vinicius Pezão Magalhães
Adriano Nasal x Mike O'Donnell
Phil Cardella x
Rafael Dias
Damian Maia x Ryan Stout
Adam Disabato x Chris Brennan
Branden Lee Hinkle x
Alexandre Cacareco
Ronaldo Jacaré Souza x Bill Vucick
Jeff Monson x Brian Vanderwalle
Thomas Denny x
Fredson Paixão

E o Jeff Monson, pqp! Esse cara é o verdadeiro operário padrão do vale tudo, luta com uma frequencia absurda e sempre em eventos diferentes. Depois da sua última luta no UFC ele lutou no Pride em abril, vai lutar agora no GFC e no próximo mês já confirmou presença no ART OF WAR 3 contra o Pedro Rizzo! Resistência incrível.

Filmes - Bala na Cabeça


BALA NA CABEÇA (DIE XUE JIE TOU) - Hong Kong/China 1990; Dirigido por Jonh Woo; com Tony Leung , Jacky Cheung, Waise Lee, Simon Yam e Fennie Yuen

Filme que narra a saga de três amigos ao longo dos anos, relatando a luta deles contra mafiosos sob o efeito da guerra do Vietnã. Pode não ser a melhor obra de John Woo, mas sem dúvida este é o seu filme mais típico, mais caracterísco e colado ao seu já famoso estilo. Em Bala na Cabeça vemos todas as manhas e facetas de Woo serem potencializadas ao máximo, o uso de câmera lenta é constante, permeando todas as cenas de ação, a quantidade de pessoas, projéteis, estilhaços e particulas é abundante em tais cenas, preenchendo todo o quadro cinematográfico, nunca o seu balé de violência resolveu se mostrar em tamanha quantidade como aqui. A amizade e o sentimento de honra, mais um tema recorrente do realizador, talvez tenha sido ao mesmo tempo o ponto forte e fraco, do filme. Forte no sentido que deu a argumentação suficiente para que a obra ganhasse uma aura de épico-tragédia, a complexidade do relacionamento dos três amigos/protagonistas, seus desdobramentos temporais e de espaço durante a duração do filme, permeando e justificando as intensas, violentas e vingativas cenas de ação, deram a base suficiente para que o filme se solidificasse e se destacasse junto a grande quantidade de filmes do gênero que o cinema de Hong-Kong produzia no período. Ponto fraco também , porque a verve sentimental de Woo, sempre forte mas na sua medida certa em filmes como Fervura Máxima, aqui em certo momento, principalmente na parte final do filme, acabou desembocando em melodrama quase de tele-novela. A seriedade que os protagonistas encarnam suas cenas no entanto fazem com que este melodrama se torne pouco prejudicial na narrativa do filme. A passagem temporal da obra, em plenos anos sessenta durante forte tensão e efeito da guerra fria no oriente dão o tom de densidade, negativismo e seriade mais fortes que o habitual; os efeitos no passar dos anos em seus protagonistas rementem claramente a uma das obras máximas do cinema: Era Uma Vez na América, de Sergio Leone, diretor italiano cultuado declaradamente por Woo. A passagem nas selvas do Vietnã, durante sua famigerada guerra, sem dúvida é o melhor momento da película. Visceral, densa e permeada com doses fortes de brutalidade; impossível não perceber nesta passagem ecos fortes de outra obra-prima: O Franco Atirador, de Michael Cimino. Por suas fortes influências de ídolos do diretor Chinês, pelo pano de fundo histórico nostálgico, Bala na Cabeça é já declarado por Woo como seu filme mais pessoal, por seus excessos, acabou se tornando um filme de difícil digestão por seu público admirador dos arrasa-quarteirões do oriente feitos com o astro Chow Yun Fat. Longe de ser um fracasso, Bala na cabeça representou o diretor buscando alternativas dentro do cinema de ação e de seu estilo que na maior parte acabaram dando em acerto, de forma que resolveu aqui deixar o máximo possível de sua marca em todos os pontos. Depois do passar dos anos, o filme passou a ter uma maior valorização, infelizmente devido à uma certa decaída de qualidade do cinema de ação do oriente, e da própria decaída de Woo no cinema de Holyood, que após um começo feliz com A Última Ameaça e A Outra Face, acabou cometendo uma série de equívocos.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Alguns dias longe...

Bem, por motivo de viagem ficarei alguns dias (espero que poucos) sem atualizar o blog, por isso dei um bom "up" nele hoje. Até mais!

Grandes Combates da História do Vale Tudo - Royce Gracie Vs Kazushi Sakuraba

A data: 1º de maio de 2000
O local: Tokyo Dome, Japão
O evento: Pride GP Finals

O japonês Kazushi Sakuraba já havia se tornado um super -ídolo no japão ao derrotar com folga grandes nomes da época como Carlos Newton, Vitor Belfort e Guy Metzger. Royce Gracie já era tido como uma lenda após ter vencido as primeiras e selvagens edições do UFC onde não haviam regras. O combate era muito esperado devido ao cartel fantástico dos dois e ao fato de que Sakuraba derrotou um membro da família Gracie o Royler de maneira humilhante. No entanto por exigência de Royce as regras do combate foram alteradas; não haveria limite de tempo. Por incrível que pareça foi justamente devido à estas regras exigidas por Royce que começou a delinear-se a sua derrota. Após um bom começo com o brasileiro dominando no chão e movimentando-se bem o japonês começou de forma muito lenta a dar início a sua virada. Com vigor e forma física superior, Sakuraba foi de forma sistemática anulando todas as investidas de Royce e passou a castigar muito o brasileiro principalmente com socos em pé e no gnp (quando um lutador está na guarda do outro no chão). A luta não acabava, nenhum dos dois desistia, após uma hora e cinco minutos de luta Royce encaixa uma guilhotina em pé e Sakuraba dá dois tapinhas no corpo do brasileiro, que acabou provocando muitas reclamações pois os defensores de Royce disseram que o japonês havia desistido. Polêmicas a parte Sakuraba é um fanfarrão e brinca muito durante as suas lutas e deu claramente dois tapas quando as regras na época diziam que para configurar desistência teriam que ser três.
Após inacreditáveis duas horas de luta, Royce já muito castigado pelos socos e low- Kicks (chutes nos membros inferiores) e totalmente esgotado fisicamente fica inerte no seu banquinho no intervalo de um round para outro. O corner do brasileiro Rorion Gracie joga a toalha e a luta acaba. Sakuraba comemora timidamente, mas os mais de 70.000 japoneses no Tokyo Dome vão ao delírio, o japonês começava a delinear o seu apelido de Gracie Hunter.

Melhores momentos do combate:



obs: em homenagem ao rematch de 2 junho próximo nos EUA

Perfil Cinema - George Pan Cosmatos

Nascido em Florença, Itália em 1941, Cosmatos estudou cinema em Londres e passou a ser diretor de segunda unidade de vários filmes, alguns deles bem famosos como Exodus (1960) e Zorba o Grego (1964); a partir da década de 70 começou a dirigir seus primeiros filmes na europa, primordialmente dramas, tendo como característica a lentidão e acuracidade no ritmo, ou seja bem diferente do estilo que adotaria depois. Neste tempo ja se tornara um diretor renomado por ter trabalhado com atores como Sophia Loren e Marcello Mastroianni. Mas foi em 1979 que ele iria dirigir seu filme divisor de águas a ação/aventura Escape to Athena (1979) com um elenco estelar: Roger Moore, David Niven, Telly Savalas, Elliot Gould e Claudia Cardinale, com o grande sucesso do filme na europa o diretor migra para os EUA a convite e se estabelece por lá vindo a se tornar famoso por dirigir filmes de ação com sua marca, cenas intensas, violentas, truculentas e metragem enxuta. São dessa fase Of Unknown Origin (1983), Leviatahn (1989) ambos com elementos de terror e protagonizados por Peter Weller (que ficaria famoso depois como Robocop), e os famosos petardos de ação com Stallone: Rambo First Blood Part II (1985) e Cobra (1986). Em 1993 iria realizar o ótimo faroeste de ação Tombstone, com Val Kilmer e Kurt Russel e em 1997 seu último filme o fraquinho Shadow Conspiracy (Conspiração no Brasil). A partir daí com problemas de saúde o diretor se retira do meio, vindo a falecer em decorrência do câncer em 2005. Apesar da sensibilidade dos seus primeiros filmes, Cosmatos será mais lembrado pelo cinema pela competente direção de seus filmes de ação tipicamente oitentistas, bem ao estilo "é isso que o povo quer".

Filmografia:

Shadow Conspiracy (1997); Tombstone (1993); Leviathan (1989); Cobra (1986); Rambo: First Blood Part II (1986); Of Unknown Origin (1983); Escape to Athena (1979); The Cassandra Crossing (1976); Rappresaglia (1973); The Beloved (1970).

Filmes - Stallone Cobra

STALLONE COBRA (COBRA); EUA 1986; Dirigido por Geoge P. Cosmatos; com Sylvester Stallone, Brigitte Nielsen, Reni Santoni, Brian Thompson e Andrew Robinson.

Um dos maiores pertardos da truculência que o cinema americano produziu nos anos oitenta, a radicalização mainstream da era dos heróis anabolizados. Este é o seco, duro, enxuto, caceteiro e auto-promocional Stallone Cobra, dirigido pelo italiano George P. Cosmatos e escrito pelo prório Sylvester Stallone. Desde a cena de abertura já sabemos o terreno em que se pisa: um delinquente faz um grupo de refens em um mercado, e a polícia impotente acaba por chamar o polical Cobra para resolver a situação, já que o marginal começa a matar os inocentes, vemos daí em diante diálogos quase inacreditáveis saidos da boca do protagonista em direção ao bandido tais como: "Você é a doença e eu sou a cura" e "Com sua laia eu não discuto eu mato". A obra já deixa claro que a enrolação é pouca mas a violência é de sobra, a postura reacionária e vigilante do filme é explícita, mais um produto legítimo da era Presidente Reagan. Cobra demonstra ser incrivelmente simples e unidimensional, com uma dificuldade de comunicação impressionante com o próximo, por isso mesmo talvez seja o personagem mais radical que Stallone encarnou. A premissa e a condução do filme são de uma rapidez e economia impressionantes, grupo de assassinos pisicóticos fazem várias vítimas até que uma mulher aparentemente pode identifica-los e passa a ser perseguida pelo bando, Cobra é escalado para protege-la ao mesmo tempo que conduz a investigação de crimes do grupo. O detalhe interessante é que a radicalização do protagonista escrita e encenada por Stallone acabou fazendo com que Cobra se parecesse, muito, mas muito pouco com um policial, a bem da verdade ele próprio chega a ser a sua maneira parecido com os vilões do filme, só que do lado oposto. Se foi intencional ou não o paralelo isso não importa, pois o que o filme deixa bem claro é que somente o movimento, a ação e os diálogos análogos são o que importam, e Cosmatos como sempre soube conduzir de forma bastante satisfatória, como a perseguição de carros, altamente destrutiva (detalhe para o carro de Cobra um dos trabalhos de produção de um carro mais interessantes que eu já vi) e o combate final com o vilão, como não podia deixar de ser bastante violento. Falando no vilão destaque também para a presença física de Brian Thompson, sem dúvida uma face marcante, muito presente em diversas fitas B, quase sempre como antagonista. Muito criticado negativamente, a obra vale ter uma nova revisão depois de 20 anos de lançado, pois é cinema assumidamente despretensioso e insensato, cuja a movimentação incessante e o ritimo rápido é de grande qualidade. Produto de sua época, o filme claramente desgastou a imagem de Stallone já que este fez questão de se estereotipar ao máximo, coisa que até hoje ele não conseguiu se livrar, por mais que tente.